quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Publicidade infantil e drogas


Como já começamos a discutir há pouco, as crianças têm sido o grande alvo da publicidade, visto seu poder de perssuasão junto aos adultos, nova entre dez pais dizem que a preferência de suas crianças por certas marcas pesa de forma relevante na hora da compra. De acordo com a revista Psique nº33, crianças e adolescentes capitalizam atualmente cerca de 1,8 trilhão de dólares por ano.
Entre os recursos mais utilizados está a participação de personagens animados ou ícones infantis; para a criança que ainda não consegue distinguir fantasia da realidade isso é muito relevante. São vários os perigos acarretados por esse ciclo vicioso, entre eles a obesidade aparece com grande destaque. Em pesquisa realizada em Porto Alegre, chegou-se ao número de 35,8% de crianças de até 12 anos com sobrepeso, sendo que, destes 14% já são obesos.
Outro efeito é a agressividade por não conseguir o que quer. Além disso tem-se a descartabilidade dos produtos. A psicóloga Andréia Mendes dos Santos afirma que "elas desenvolvem uma forma de relação com os brinquedos, que serve de ensaio para outros vínculos afetivos. Se essa experiência perde importância, o mesmo pode ocorrer com as relações interpessoais que podem se caracterizar pela superficialidade".
E o pediatra Evandro Roberto Baldacci em entrevista à rádio Jovem Pan é taxativo ao afirmar que criança sem limites é candidata ao uso de drogas. “ Criança sem limites vai ter dificuldade no aprendizado, vai ter dificuldade em se colocar socialmente de uma forma adequada e muita facilidade para entrar em caminhos muito ruins como o uso de drogas. Começa a tomar bebida alcoólica e, em seguida, experimenta outras drogas, como forma de agredir a família.”
O Instituo Alana traz importantes contribuições para o combate ao consumo infantil e para a valorização da criança enquanto tal.

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